MOFISTA 2 ANOS - ESPECIAL GERALDO VIETRI. ANÁLISE DE OS IMORAIS (1979)

E é com muito prazer que damos continuidade ao Festival sobre a vida e obra de Geraldo Vietri, desta vez com a participação do querido amigo Bruno Heis. Ele que é roteirista e participou da Master Class do autor Aguinaldo Silva em 2016, vai abrilhantar o blog com dois textos sobre duas obras cinematográficas do diretor. Sem mais delongas, senhoras e senhores Bruno Heis.



BEIJOS NO ASFALTO – A HOMOSSEXUALIDADE EM UM FILME DA BOCA DO LIXO

Dando continuidade ao Festival Geraldo Vietri em comemoração aos 2 anos do Mofista, hoje pra gente falar sobre Os Imorais, iremos falar sobre a Boca do Lixo.

“Oba, a minissérie do Silvio de Abreu?!”



Não.

O olhinho brilhou, né? Sinto muito a ser aquele que vai desinflar sua ereção.

De fato, Cláudia Toledo, a personagem da Silvia Pfeiffer na minissérie, é ex-atriz de pornochanchada, gênero que era basicamente a força motriz do cinema produzido na Boca do Lixo.

O Silvio de Abreu tem toda essa bagagem porque se criou na Boca; é diretor de clássicos como: A Super-Fêmea (1973) e Mulher-Objeto (1980; pornochanchada hitchcockiana, minha favorita). Mas as coincidências e a referência param por aí. 

Boca do Lixo é como era conhecida a região da rua do Triunfo, rua Vitória, no centro de São Paulo, que foi, durante muito tempo, um reduto de produtoras de cinema (desde Paramount até produtoras menores); sobretudo pela proximidade da antiga rodoviária da cidade, o que, em tempos de cinema analógico, era uma mão na roda pra distribuição dos filmes, recepção de matéria-prima etc. A rodoviária também atraía prostitutas, mendigos, assaltantes; daí a alcunha.




imagem do livro Rua do Triumpho, de Ozualdo Candeias


Os filmes que saíam dali (especialmente nas décadas de 1970/1980) eram produções independentes (pois zero subsídio do governo), de baixo orçamento, e cujas histórias eram só um pretexto explorar a nudez (sobretudo a feminina) e cenas e mais cenas de sexo com o intuito de encher as salas de cinema. Era a meca do exploitation brasileiro.




O Bem-Dotado: O Homem de Itu, filme de 1978, com Nuno Leal Maia.




A Noite das Taras No 2, filme de 1982, com David Cardoso.

(Parentesão aqui: a gente tá falando de cenas de sexo não explícito. A gente tá falando de uma putaria simulada, família. Não era permitido filmar sexo explícito no Brasil na época, por causa da ditadura. A putaria grossa, explícita de verdade, era importada. Só foi permitido filmar sexo explícito no Brasil com o relaxamento e subsequente fim de ditadura, no início/meados da década de 1980).

Vou passar a palavra pra quem entende muito mais de Boca do Lixo e cinema brasileiro que eu, Donny Correia: aqui: O Renascimento do cinema paulista: Boca do Lixo e aqui: A Era da Pornochanchada.

Isso quer dizer que só saíram da Boca do Lixo filmes engessados nesse formato de forte apelo sexual e zero substância, sem nenhum traço de autoria ou originalidade? Não, que fique bem claro.(Inclusive o jornal O Tempo, de Belo Horizonte, fez uma seleção superlegal chamada As Pornochanchadas Que Vale A Pena Ver). Mas esse era o espírito: lotar as salas de cinema, atrair a maior quantidade possível de público pagante. E, se tem uma coisa que vende desde que o mundo é mundo, é sexo.




A Pornochanchada Que Vale A Pena Ver, seleção supimpa do jornal O Tempo.


Os Imorais é um filme da Boca. Foi gerado naquele ventre, produzido pelo Cassiano Esteves, dono da Marte Filmes e da EC Filmes, ambas produtoras da Boca. É da Boca, mas é bem diferente dos filmes produzidos cotidianamente na Boca. Os Imorais is not your average Boca do Lixo movie, eu diria na minha língua materna.

O filme conta a história de Gustavo (Paulo Castelli) – Tavinho, pros íntimos –, jovem, bonito e cabelereiro, que trabalha num salão de beleza super bem frequentado da capital paulista, do qual é cliente Júlia (Elizabeth Hartmann), esposa do ricaço Antero Borges (Chico Martins). Certo dia o filho do casal, o rapagão Mário (João Francisco Garcia) – Marinho, pra mamãe –, aparece no salão procurando pela mãe com uma notícia nada boa: a avó paterna morreu. É quando se cruzam os caminhos de Gustavo e Mário e também o de Glória (Sandra Brea), outra cliente assídua do salão.



João Francisco Garcia, o Mário de Os Imorais, posando com o cartaz do filme e um cigarrinho.


Mário passa, então, a stalkeare assediar Gustavo no melhor estilo anos 70: de carro. Gustavo fica todo empolgado com a insistência do rapagão, porque, não sei se o “jovem, bonito e cabeleireiro” entregou, mas Gustavo é gay. Só que o Mário não tá afim de papar o Gustavo, ele só quer usar o cabeleireiro como correio elegante pra marcar um encontro com o seu verdadeiro alvo, Glória.

Com ciúme, medo da potencial pegação e uma pitada de inveja cristã, Gustavo começa a usar de artimanhas pra impedir o proverbial encontro entre Mário e Glória. Só que ele é muito amador, e Mário logo saca as suas segundas intenções homossexuais e resolve a questão como bom hétero: vai até o apartamento dele e dá-lhe uma coça homérica. Apesar da surra, os dois acabam se aproximando, mas está lançado o impasse: Mário não sabe lidar com um amigo – nas suas próprias palavras – “bicha”.

É um filme com um dilema homossexual no cerne. Mas, olhando pro cartaz e pros stills, não tem quem diga. Olha como Os Imorais foi vendido.




Os Imorais, 1979.





Mário (João Francisco Garcia), Glória (Sandra Bréa, no mesmo still usado pro cartaz) e Gustavo (Paulo Castelli).





A governanta alemã (sério) Marlene (não sei quem é a atriz), Rosa (Aldine Müller), Júlia (Elizabeth Hartmann) e Glória. No canto inferior esquerdo: Antero (Chico Martins) e Júlia. No canto inferior direito: Glória e Mário.




Júlia e o motorista naturista Jorge(não sei quem é o ator); Rosa e Gustavo; embaixo, o motorista Ronaldo (Dênis Derkian) e uma mina X. Canto superior direito: Glória.

Eu queria muito saber como foi a recepção de Os Imorais pelo público, majoritariamente hétero dos filmes da Boca. Será que o filme foi bem, faturou? Porque quem tava esperando muitos peitinhos e xoxotas em ação, deu com os burros n’água. Estou com preguiça de pesquisar? Estou. Fica o mistério, já dizia Dona Milu.

Homossexualidade era um tabuzão na década de 1970, não há dúvida. Mas, surpreendentemente e desafiando o senso comum, parece que a imoralidade a que alude o título do filme se refere muito mais à conduta dos personagens héteros do que à do personagem gay central. A homossexualidade de Gustavo não é tratada como um desvio, é tratada até com muita naturalidade, sem dedo na cara. Talvez pelo fato do diretor do filme ter sido Geraldo Vietri, ele tenha tratado o tema com bastante cuidado.

Diferente dos outros núcleos do filme, que têm imoralidade real, oficial, pra dar e vender. Não salva um. Júlia trai o marido com o motorista da família, Jorge. Que, por sua vez, tem um caso com a governanta da casa, Marlene. É chifre em cima de chifre. Jorge e Marlene ainda roubam o colar de esmeraldas de Júlia depois de serem flagrados com a boca na botija e demitidos. Antero, provando que casal que pega motorista unido permanece unido, tem um caso (beeem implícito) com o seu motorista particular, Ronaldo (Dênis Derkian). Glória é casada com Raimundo, mas vai acabar se mostrando bastante disposta a ter uma aventura com Mário.

O filme parece propor justamente esse questionamento: o que é, de fato,imoral: ser gay ou ser infiel com seu cônjuge? Ser gay ou trair a confiança do seu empregador? Ser gay ou roubar? Cabe ao espectador, e só a ele, decidir. Não duvido nada que o público de 1979 achasse muito mais imoral ser gay do que qualquer outra coisa. Nem que o público de 2020 pense igual.

Exemplar disso é a cena em que Gustavo pede a Mário, ciente já de toda a situação, que eles sejam amigos. Segue-se o diálogo:


MÁRIO: “Não dá, não dá. Ter um amigo bicha... Só se você virar homem. Topa?”

GUSTAVO: “E o que é virar homem? Ser homem?”

MÁRIO: “Trepar, cara! Trepar!”

[...]

GUSTAVO: “Eu só faço as coisas que eu sinto. Eu nunca me preocupei se, com as coisas que eu faço, eu sou mais homem ou menos homem. Agora eu tô com vontade de dizer que eu gosto de você. Agora eu tô com vontade de segurar a tua mão. Ou mesmo ficar aqui. Calado. Só junto de você. Eu sou menos homem por isso? Homem é o marido da Glória, que sabe que o negócio dela é dar, como você diz, e deixa? E fecha os olhos porque naquele casamento ela é que é a rica? Homem é o teu pai? Homem foi o meu pai, que quase matou a minha mãe de desgosto e morreu de cirrose? Ou um primo meu que tem 22 anos e já é desquitado, com dois filhos? E todos aqueles que nesse momento tão enganando, matando, roubando, se drogando? Homem. Se, pra ser teu amigo, é preciso ser homem e, se pra ser homem, basta trepar...”







RENSGA! Sentiu a bordoada, Mário? Porque eu senti daqui.

Mário é produto de uma tradição em que ser homem significa pegar mulher. Fim. Gustavo mostra pra ele que o buraco da hombridade é muito mais embaixo, vai muito além da orientação sexual. Tem juízo de valor sobre o que cada um faz ou deixa de fazer da própria vida pois é um texto de 41 anos atrás? Tem, mano. É um texto dos anos 70 com a carga dos valores da época. Mas, ao mesmo tempo, é muito contemporâneo. Em suma: ser homem é ser fiel à sua identidade, às suas vontades, à sua verdade; é ser coerente consigo sem fazer mal ao próximo. Viver e deixar viver.

É exatamente isso que eu quero dizer com filme “diferente” do grosso produzido em escala pela Boca na mesma época. Os Imorais é um filme com: a) um dilema homossexual puxando a trama; e que: b) dá muito mais espaço pros conflitos dos personagens do que pro apelo ao sexo.As cenas de sexos são poucas e comedidas, já os dramas são muitos e explícitos.

O principal deles é o fato de que Mário não consegue lidar com a homossexualidade do novo amigo, Gustavo. Pra que eles possam continuar amigos tranquilamente na santa paz de Cristo, Mário vai investir na transformação de Gustavo em “homem”. Pra isso ele lhe apresenta Rosa (a rainha da Boca, Aldine Müller). No afã de ser aceito por Mário, de ser “normal”, Gustavo acaba entrando na onda e ficando com Rosa, inclusive perdendo a virgindade com ela dentro de um carro na praia. Logo eles começam a namorar. E esse namoro entre Gustavo e Rosa é o gatilho pra ficha de Mário cair que ele está gostando de Gustavo. E não como amigo. 

Esse sentimento vem à tona de forma tão avassaladora e pungente que ataca Mário naquilo de que ele mais se orgulha, sua macheza: quando ele finalmente tem o tão esperado encontro com Glória, ele brocha.

(E ela tira sarro da cara dele, e ele dá uma surra nela. Oh, the seventies...)

Esse movimento do Mário descobrindo o sentimento pelo Gustavo e seu subsequente desfecho lembram muito um clássico do teatro brasileiro: O Beijo No Asfalto, do fofinho Nelson Rodrigues.
A peça, de 1960, foi escrita sob encomenda para Dona Fernanda Montenegro, ou melhor,pro grupo de teatro da Fernanda na época, que também tinha entre os membros o Sérgio Britto e o Fernando Torres.




Nelson Rodrigues e Fernanda Montenegro. Arquivo pessoal, 1961.

A Fernanda inclusive contou no Conversa Com Bial comemorativo dos seus 90 anos (em 2019), que ligava pra casa do Nelson pra cobrar a peça, que ele demorou horrores pra entregar, e ele atendia se apresentando como “Nestor” pra fugir da raia. Ela, claro, sabia que era dele, mas entrava no jogo assim mesmo. O importante era que a peça ficasse pronta logo, fosse qual fosse o nome do autor.

Se você quer revisitar ou perder a virgindade de conhecer O Beijo no Asfalto, clique no link no final do texto pro pdf. da edição super caprichada da Editora Nova Fronteira. Conhecer Nelson Rodrigues é fundamental.


A peça também já rendeu duas adaptações pro cinema: uma em 1980 (ou 1981, dependendo da fonte), dirigida pelo Bruno Barreto, com Ney Latorraca e Tarcísio Meira; e outra em 2018, dirigida pelo Murilo Benício (É), com o Lázaro Ramos. E também uma HQ toda bonitona em 2007, do Arnaldo Branco e do Gabriel Góes.




O Beijo No Asfalto, 1980/81. Direção de Bruno Barreto.





O Beijo No Asfalto, 2018. Direção de Murilo Benício (Sério).




Beijo No Asfalto, de Arnaldo Branco e Gabriel Góes. Nova Fronteira, 2007.

Na peça, Arandir, um camarada super ortodoxo, casado com mulher, presencia o atropelamento de um homem e, atendendo ao último pedido do moribundo, lhe dá um beijo na boca. Em horário comercial. No meio da rua. Em 1960. Quer dizer: né brinquedo, não. Farejando no episódio a matéria perfeita pra alavancar as vendas do jornal em que trabalha,o repórter Amado Ribeiro se alia ao delegado Cunha, responsável por investigar o acidente, e juntos transformam o caso em um escândalo sensacionalista de proporções absurdas. O objetivo? Provar que Arandir e o atropelado eram amantes. 



Amado Riberio (Sérgio Britto), o investigador Aruba (Cláudio Correia e Castro), Selminha (Fernanda 
Montenegro) e o delegado Cunha (Ítalo Rossi). Teatro Ginástico, Rio de Janeiro, 1961.

A vida do coitado do Arandir, claro, vira de cabeça pra baixo. Ele se torna motivo de chacota na firma, apelidado de “viúvo” do atropelado pelos colegas. É hostilizado por telefone, perseguido na rua. Sua esposa, Selminha, passa a questionar a sua masculinidade e acaba se afastando. Sua cunhada, Dália, aproveita o quiproquó pra revelar que é apaixonada por ele. Seu sogro, Aprígio, também.



Selminha (Fernanda Montenegro), sua irmã, Dália (Maria Esmeralda) e Dona Matilde, a vizinha fofoqueira (ZilkaSalaberry). Teatro Ginástico, Rio de Janeiro, 1961.


Aprígio, viúvo (de verdade; e de mulher), pai de duas filhas, nunca engoliu o namorado e, posteriormente, marido da filha mais velha porque é perdidamente apaixonado por ele. O sentimento de Aprígio é encoberto, reprimido, latente, e vem com toda a carga de um homem que, durante anos, se viu obrigado a anular a própria identidade sexual, casou-se com uma mulher, teve filhos, tudo pra atender a uma expectativa social. É preciso uma situação limite, extrema, pra que esse sentimento finalmente venha à tona. Enredado pela trama sensacionalista criada por Amado Ribeiro e pelo delegado Cunha, Aprígio, transtornado com a possibilidade de que Arandir tenha tido um amante homem (que não ele, diga-se de passagem), explode de ciúme.

Aprígio visita Arandir no hotel onde ele está escondido, confessa o seu ciúme, confessa o seu amor, e o mata com um tiro.

No filme de Bruno Barreto, Aprígio (Tarcísio Meira) mata Arandir (Ney Latorraca) não num quarto de hotel, mas na rua e acaba se ajoelhando para beijá-lo, evocando maravilhosamente a cena de Arandir beijando o atropelado, que é o estopim da trama.




Aprígio (Tarcísio Meira) beija Arandir (Ney Latorraca) depois de assassiná-lo.

Em Os Imorais, quando Mário finalmente decide confrontar Gustavo a respeito do seu namoro com Rosa, a reação vem de forma incompreensível e bestial e acaba se tornando uma briga entre os dois. Porque Mário não consegue se expressar, não consegue dar voz a esse sentimento; porque são muitas as amarras machistas, porque ele não consegue aceitar que esteja experimentando aquilo por outro homem. Tudo isso acontece em num carro em alta velocidade. Quanto mais Mário se aproxima da própria verdade, mais ele pisa fundo.

Quando Mário, por fim, consegue falar pra Gustavo que gosta dele, ele perde o controle da direção, e o carro capota feio. Gustavo é projetado pra fora do veículo. Mário se liberta das ferragens, procura desesperado por Gustavo e encontra o seu corpo estirado na rua.

Numa eclosão daquele sentimento que vinha abafando, Mário se ajoelha, toma o corpo de Gustavo nos braços e o beija.







Mário (João Francisco Garcia) beija Gustavo (Paulo Castelli) logo após o acidente.

Mário e Aprígio estão condenados a não viver os seus amores. Ambos só conseguem beijar os seus amados, mortos, no asfalto.

***

P.S.1: Stills são fotos feitas no set, por um fotógrafo e tal, não pela equipe de filmagem, e usadas como material promocional do filme. 

P.S.2: O que o cabeleireiro chefe do salão, Raimundo, o marido da Glória, e o tio da casa de penhor (onde Jorge e Marlene tentam passar o colar de esmeraldas roubado de Júlia) têm em comum? Certamente por algum defeito na captação de som, os três foram dublados na pós-produção pelo Carlos Seidl, dublador do Seu Madruga. Tenho quase certeza.





#SomosTodosSeuMadruga

Bruno Heis é roteirista e participou da Master Class do autor Aguinaldo Silva em 2016.
Twitter: @valenada_

E na próxima sexta o olhar sarcástico de Bruno Heis sobre Sexo, a sua Única Arma de 1981, na última parte do especial sobre o Cinema de Geraldo Vietri.

Link para assistir Os Imorais em Full HD 1080 aqui.



Clique nos links abaixo para acompanhar os outros textos sobre a vida e a obra de Geraldo Vietri:

1 - Mofista 2 Anos: Especial Geraldo Vietri

2 - Mofista 2 Anos: Especial Geraldo Vietri (Parte 2)

3 - Mofista 2 Anos: Especial Geraldo Vietri (Parte 3)

4 - Mofista 2 Anos: Especial Geraldo Vietri: O cinema de Vietri e análise de Adultério por Amor (1978).



Fontes de pesquisa:



Livro:

O Beijo no Asfalto de Nelson Rodrigues. Editora Nova Fronteira.

Sites e imagens:

http://memoria.bn.br/

http://bcc.org.br/fotos/galeria/024322

https://filmow.com/os-imorais-t37174/ 

http://sanduichemusical.blogspot.com/2012/02/joao-francisco-definicao-singles-odeon.html

https://www.conradoleiloeiro.com.br 

http://www.virgula.com.br/tvecinema/boca-do-lixo-facts-coisas-sobre-a-regiao-de-sao-paulo-que-inspirou-a-serie-magnifica-70/






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