DORINHA DUVAL

 



Olá Mofãs!


05 de outubro de 1980. 

Após uma grave discussão, onde Paulo Sérgio Garcia de Alcântara a agrediu verbal e fisicamente a atriz Dorinha Duval, ela pega na gaveta da mesa de cabeceira o revolver que pertencia a Paulo e dispara diversas vezes contra ele, até o momento em que a arma engasga. 


Começava ali um dos momentos mais difíceis da vida da consagrada atriz em um caso que ficou emblemático nas páginas policiais da crônica carioca da década de 80. 


O Mofista de hoje aproveita o sucesso do podcast "Praia dos Ossos", que tem feito uma reportagem investigativa sobre o crime que abalou a sociedade brasileira da década de 70, o assassinato da socialite Ângela Diniz pelo seu então namorado Doca Street e relembra o drama de Dorinha Duval que após sofrer uma agressão do seu companheiro, numa tentativa desesperada de se proteger, acabou tomando uma atitude que mudou por completo o curso da sua vida.

Tanto Ângela, quanto Dorinha viveram relações com todos seus abusos e excessos, no entanto Dorinha teve a sorte e conseguiu a sua redenção, ou como ela própria descreve “Uma viagem em busca da sua luz”.


 DE VEDETE À SENHORA DANIEL FILHO.

 Devemos retornar  no tempo e passar de certa forma a limpo um pouco da vida de Dorinha. 

Nascida no bairro do Bexiga em São Paulo, Dorah Teixeira, seu nome de batismo, se tornou artista por acaso. Aos 15 anos foi foi convidada pelo diretor Carlos Lisboa para integrar o grupo de bailarinas de sua Companhia Teatral em 1945. 

Sua estreia aconteceu no ano seguinte em Poços de Caldas. Foi nesta localidade que ela e Daniel Filho se conheceram. Nesse período Daniel tinha apenas 8 anos. 







Em uma das várias passagens do seu livro de memórias “Dorinha Duval, Em Busca da Luz” escrita por Luiz Carlos Maciel e Maria Luiza Ocampo, ela descreve esse encontro.




“Lembro – me que era verão. Já fazia uns dez dias que estava ali, e numa manhã de sol, como o dia estava bonito e quente, resolvi dar uma volta na praça. Uma praça muito agradável. Havia uma criança, um garoto, de sete ou oito anos, muito bem vestido e engraçadinho, andando num carrinho puxado por um bode, acompanhado por sua mãe, uma mulher muito linda, sensual, loura de olhos azuis. Foi meu primeiro encontro com aquele menino que viria ser, anos depois, meu marido: Daniel Filho.”

Daniel Filho lembrou esse encontro em entrevista a Ronaldo Bôscoli nas páginas da Revista Manchete (edição 1443 de 1979).





“Dorinha era um grande nome. Namorei – a muito menino. Tudo começou no Teatro Odeon e ficou sacramentado tempos depois.”

Dorinha viajou para Portugal e Rio de janeiro onde fez várias apresentações de grande sucesso. Retornou para São Paulo onde chegou a atuar em filmes da Companhia Cinematográfica Vera Cruz em 1952 no filme “Veneno” dirigido por Gianni Pons, ao lado de Anselmo Duarte, “As Aventuras de Pedro Malasarte” com Mazzaropi em 1960 e “O Homem que roubou a Copa do Mundo” de 1961 com Ronald Golias e Grande Otelo, dirigido por Victor Lima.













Seu reencontro com Daniel Filho veio a acontecer somente em 1953, quando ele, então com 16 anos e ela com 24, após assistir a uma apresentação na peça “Satã dirige o espetáculo” no Teatro de Alumínio, a convidou para integrar a equipe de seus pais.

“Na década de 50, comecei a minha carreira na televisão em São Paulo. Depois quando voltei ao Rio fiz uma peça na boate do Hotel Serrador, mas continuei muito amiga dos pais do Daniel. Daniel e eu só voltamos a nos encontrar nos anos 60 quando ele filmava “Os Cafajestes”. 

Foi numa viagem à Las Vegas que Dorinha e Daniel se casaram em 1971 e desse relacionamento nasceu a única filha do casal, a atriz e cantora Carla Daniel. 







Daniel Filho falou assim sobre seu casamento com a atriz na mesma Manchete (edição 1443 de 1979).

“Vivi 11 anos com Dorinha. Uma excelente e possessiva pessoa.”


A SEPARAÇÃO E O ROMANCE COM PAULO.


Em “Selva de Pedra” novela de Janete Clair, exibida pela TV Globo entre 1972 e 1973, Dorinha Duval interpretava Diva, irmã do protagonista Cristiano Vilhena vivido por Francisco Cuoco. Na trama ela é seduzida pelo mau – caráter Miro (Carlos Vereza), que a envolve numa relação tóxica, a ponto de sofrer várias humilhações para não perder o que ela acreditava ser o amor de sua vida.




A vida de Dorinha após o fim do seu casamento de 11 anos com Daniel Filho foi de constantes altos e baixos. Uma nota do tabloide Luta Democrática (edição 5865 de 9 de fevereiro de 1973) trazia em sua primeira página:






Na matéria é dito que a atriz havia dado entrada na Casa de Saúde São Miguel, após ingerir diversos comprimidos de moderador de apetite. Foi a empregada da casa que ligou para o amigo e diretor Fábio Sabag que a levou às pressas pro hospital.


Segundo o relato da empregada Alzira Faria dos Santos, foi por volta das 13 horas que Dorinha após se desentender com Daniel, trancou –se em seu quarto e passados alguns minutos ouviu um barulho e correu até a porta do quarto do casal, encontrando Dorinha caída no chão contorcendo – se. Dorinha descreveu assim este episódio:

“Minhas perdas sempre foram muito sérias. Talvez por causa disso, eu tenha tentado o suicídio quando o Daniel Filho me abandonou e foi embora. Fiquei desesperada, estávamos casados há 11 anos. Aquilo foi um baque, eu não esperava. Tomei não sei quantos comprimidos e apaguei. O Sabag veio correndo e me levou para um hospital em Botafogo. Fiz uma lavagem estomacal.” 

Foi nesse momento que Dorinha começou a beber e fumar na intenção de tentar esquecer o sofrimento em que estava passando.  Foi assim que ela viria a conhecer o jovem Paulo Sérgio Alcântara. 

Paulo era um jovem corretor quando conheceu Dorinha que em 1976, estava trabalhando também como corretora de imóveis, sem abandonar de lado sua carreira de atriz. 



Aliás foi Dorinha quem ajudou Paulo a trabalhar com publicidade, mesmo sem não possuir  alguma experiência. Ela que era amiga pessoal de Carlos Manga conseguiu para ele um emprego na produtora do diretor no bairro da Lagoa e em 1977 se casaram. 




Ele, que tinha um filho do seu relacionamento anterior, foi viver com a atriz e sua filha Carla no Jardim Botânico. No entanto durante os três anos em que viveram juntos, Dorinha e Paulo viveram uma relação tempestuosa. O temperamento forte do Dorinha trazia grandes inseguranças a ela.

Segundo depoimentos que a edição 1488 da revista Manchete (outubro de 1980) teve acesso, foi relatado que as brigas entre eles eram constantes, vez por outra violentas. 



O vício de Paulo no jogo foi um dos pontos altos da crise entre o casal. Dorinha era traumatizada por jogo. Seu pai havia sido um jogador inveterado e ela, sua irmã e sua mãe sofreram muito por causa disso, chegando passar dificuldades financeiras e até fome. Chegou a confidenciar pros amigos que havia feito tudo para que Paulo Sérgio deixasse de jogar, mas foi inútil. 

Segundo depoimentos de amigos do casal que na época da reportagem pediram anonimato, a atriz não se importava de pagar suas dívidas de jogo e nem de ajuda – lo financeiramente.

Além do vício no jogo as crises de ciúmes de Dorinha pioraram depois que ele começou a trabalhar na produtora de Manga. Rodeado de mulheres bonitas, começou a ser paparicado por elas, o que fazia Dorinha imaginar que ele estava nos braços dessas modelos. Isso resultou em brigas cada vez mais constantes e violentas.

Todos esses eventos resultaram na discussão da fatídica noite de 5 de outubro de 1980 que culminou com três tiros.





CRIME E CASTIGO


“Ah... se eu pudesse voltar no tempo e nunca ter de repetir aqueles disparos, nunca ter que acreditar que eu seria capaz de tirar a vida de alguém,ainda mais de um amor, por quem eu tinha uma paixão tão profunda.”




Dorinha relata o fatídico momento em detalhes mínimos, como ela mesma disse no capítulo 28 intitulado “Paulo”, são palavras dela:

“Houve gente que achou que eu ia aproveitar este livro para falar mal do Paulo. Isso nunca sequer me passou pela cabeça. Por que eu faria isso? Para que? O Paulo jogava, meu pai também jogava. O Paulo não era muito chegado a trabalho. A minha intenção, aqui, é compreender mais profundamente o fato terrível que resultou na morte dele.”

Tanto no livro, quanto nas matérias que estampariam as revistas e os jornais tudo havia se iniciado após o casal retornar de um jantar oferecido pelo publicitário José Francisco Scaglione Júnior. Neste ponto existem algumas divergências sobre o que se passou durante esse jantar. Na edição do Jornal do Brasil (6 de outubro de 1980) José afirma que Dorinha não bebeu, enquanto Paulo tomou três doses de uísque. Já na Revista Manchete, segundo depoimentos colhidos por pessoas próximas e que está relatado no livro, após chegarem em casa, Dorinha disse que estava com vontade de fazer amor, como Paulo Sérgio foi logo tomar banho, ela acreditou que ele iria fazer amor com ela. Se banhou, se perfumou e em seguida se deitou ao lado do marido. Paulo a rejeitou, Dorinha insistiu abraçando – o e o beijando, novamente foi rejeitada por ele:

“Deixa disso Dorinha, vamos dormir, a gente tem de levantar muito cedo.”

Foi nesse momento que ela explodiu. O acusou de não a procurá - la na cama, de não a amar mais por ter outras mulheres mais novas e bonitas que ela. Foi aí que Paulo Sérgio rebateu dizendo que tinha outras mulheres e nas palavras dele:

“Você está velha, feia, gorda. Você já era. Porque eu não quero nada com uma velha como você Vê se olha no espelho! Você acha que eu vou querer alguma coisa contigo?”

Dorinha num momento de desespero tentando contornar a situação insistiu:

“Eu vou fazer plástica no seio para voltar a ficar bonita! Não fale assim...”

Ele então respondeu sarcasticamente:

“Plástica? Não vai adiantar porra nenhuma! Não quero uma bruxa remendada! Eu gosto é de garotas, mulheres mais novas, ouviu?”

Deu - se início a uma série de agressões físicas, primeiro foi ela quem desferiu um soco, no qual ele defendeu, Paulo revidou dando um pontapé em Dorinha, que caída no chão começou a ser agredida violentamente:

“O Paulo me deu vários tapas e pontapés, eu ameacei me matar e ele disse que seria uma ótima ideia e que a arma estava na gaveta. Após ser atingida por um tapa na região da cabeça, fugi dele, peguei a arma e disparei. Daí tudo ficou escuro na minha frente. Só me lembro de ver o Paulo caído, ensanguentado.”

Alucinada ela ligou para vários amigos que ajudaram a levar o corpo de Paulo até o Hospital Miguel Couto enrolado num lençol. A arma do crime,um revólver Taurus, calibre 32 foi encontrada no quarto do casal. Os tiros atingiram o baço, abdômen e tórax dele. Segundo José Francisco a arma havia sido comprada dias antes devido a um assalto que Paulo havia sofrido na porta de sua casa.





Dias após o ocorrido, o detetive Arruda da 15ª DP, disse ao Jornal do Brasil (7 de outubro de 1980) que obteve uma informação de que Dorinha já havia tentado matar seu esposo 20 dias antes do crime, o que a própria atriz desmentiu em entrevista à Revista Ilusão (edição 356, outubro de 1980) no momento em que ela se apresentou a polícia para ser entrevistada acerca do caso crime:



“Nós tínhamos bons e maus momentos, como qualquer casal normal. Eu amava e ainda o amo o Paulo. Estou sofrendo como ninguém pode imaginar!”




No entanto a atriz conseguiu aguardar em liberdade a análise do inquérito e o relatório final do delegado Borges Fortes, do 15º DP, para requerer ou não ao juiz do Tribunal do Juri a sua prisão preventiva. O Tribunal então aceitou o pedido do inquérito, mas para sorte de Dorinha ela não precisou ser detida, podendo aguardar o seu julgamento em casa.






O Primeiro julgamento ocorreu no Primeiro Tribunal do Juri do Rio de Janeiro em 17 de novembro de 1983. O julgamento que havia se iniciado às 13h30 adentrou pela madrugada e teve como testemunhas a depor em defesa dela . Ao final por 5 votos a 2, o Conselho de Sentença entendeu que a ré havia agido em legitima defesa e a condenou a 1 ano e 6 meses de prisão, apenas pelo excesso culposos, ou seja, por se ter excedido nos meios empregados na sua legítima defesa.







O resultado foi recebido por aplausos e vivas do público presente e pela parte da assistência. Ela saiu do Tribunal acompanhada de amigos, familiares e advogados para sua casa e se comprometendo a comparecer semanalmente, durante 4 anos à Vara de Execuções Criminais, e estava proibida de portar armas nesse período.





Contudo os desembargadores da 1ª Camara Criminal do Tribunal de Justiça anularam o primeiro julgamento ocorrido em novembro de 1983, alegando que o primeiro julgamento foi nulo, por ter havido suspeição dos jurados e deficiência na quesitação (perguntas feitas na sala secreta).




Somente em 11 de março de 1989, após a apelação da promotoria é que Dorinha Duval foi condenada em definitivo a 6 anos de prisão por homicídio sem agravantes. Ela cumpriu pena no presídio Romeiro Neto em Niterói em regime semi – aberto (onde o réu pode trabalhar durante o dia e deve retornar ao presídio para passar a noite) e nove meses depois conseguiu permanecer no regime aberto.

PINTURAS E ESCULTURAS, A BUSCA DA LUZ.

Dorinha descobriu em si uma nova vocação, além atriz consagrada no teatro, cinema e TV, se tornou artista plástica e tudo por um acaso do destino:

“Uns dois ou três meses antes de começar a iquebana, eu comecei a sentir umas dores nas mãos. Chega a chorar de dor. Fiquei preocupada com as dores. Fui ao médico, que me receitou medicamentos, dizendo que poderia ser um princípio de reumatismo. Mesmo com os remédios as dores continuaram. Fiz fisioterapia, ultra – som e nada de melhorar.”

De repente as dores em suas mãos sumiram e ela acabou parando de se medicar. 

“Para mim, minhas mãos estavam sendo purificadas para o tipo de trabalho que ia surgir na minha vida. Acho que recebi as mãos de esculturas, não existe outra explicação, pois comecei a trabalhar como profissional num passe de mágica.”





A partir de então ela não parou mais, começou fazendo esculturas, a princípio usando barro. Posteriormente começou a fazer esculturas místicas que depois passaram por um tratamento em bronze e que logo foram selecionadas para serem expostas em na Primeira Mostra de Arte Brasileira em Nice, na França. Em setembro de 1987 Dorinha Duval ganhou a medalha de prata por suas peças que foram expostas e ainda a sua escultora chamada Divino Sol foi adquirida pelo cineasta francês Claude Lelouch que fez o filme Um homem, uma mulher. Participou de várias exposições de arte, com grande sucesso, como ela própria disse:

“Foi um presente de Deus para mim, pois uma pessoa que nunca mexeu com barro, que nunca teve relação com este tipo de arte, de repente, começa a criar, a arte começa fluir por suas mãos. Deve ser coisas de vidas passadas. Ou Deus deve ter achado que eu já tinha passado por tantas provações que acabou me dando uma alegria, uma graça divina.”





Desde então a atriz recomeçou sua vida, agora como artista plástica ela se encontra feliz, dentro da espiritualidade, ela faz parte da Ordem Mística da Aspiração Universal desde 1977, e foi ali que ela encontrou seu caminho de luz, paz e felicidade.

“Passamos por provas. Estamos aqui para isso. Você vai evoluindo, aprendendo a afastar os maus pensamentos, a se harmonizar consigo mesmo e com seu Deus interior. Aí você descobre que nunca esteve só. O meu propósito de vida é viver e ajudar os outros no que for possível. Mas temos que começar amando a nós mesmos, pois se você não gostar de si próprio é que os outros vão gostar de você? O meu caminho é a busca espiritual, a busca do Mestre, a busca da Luz, do “Eu Sou”. Nós somos Um, o Deus que está dentro de cada ser humano.”










Curiosidades:

A convite do diretor Geraldo Casé, Dorinha Duval integrou o "Sítio do Picapau Amarelo" de 1977 a 1978. O motivo o qual ela fez aceitar este convite é que ela sempre havia desejado interpretar uma velha feiticeira. Para permanecer no programa a atriz teve que declinar do convite de integrar o elenco da novela "Nina".







Em 2001 o "Vídeo Show" reuniu uma parte do elenco do programa infantil. Zezeh Barbosa entrevistou, além da Dorinha Duval que interpretou a Cuca entre 1977 e 1978, as outras atrizes que passaram pelo papel, Stella Freitas (1978 a 1980) e Catarina Abdala (1981 a 1986), e o ator Romeu Evaristo que interpretou o Saci.





Durante o período em que esteve aguardando seu julgamento, o povo não perdeu tempo e dois blocos carnavalescos se aproveitaram do drama da atriz e os dois sambas foram lançados em "homenagem" a ela. (Revista Ilusão, nº356. de Outubro de 1980.




E pasmem, o nome de Dorinha Duval virou gíria para jogada de sinuca nos bares do Rio de Janeiro. Segundo a edição do Jornal do Brasil de 22 de maio de 1987, seu nome ficou marcado e entrou na boca dos jogadores na cidade, ao lado de ninguém e ninguém menos que Doca Street e Roberta Close.





E esta aqui é a foto da Dorinha, datado de 2019 do seu aniversário de 90 anos. Atualmente a atriz tem 91 anos e mora com as filha Carla Daniel no Rio de Janeiro. Ela não dá mais entrevistas. 




Fontes de pesquisa:

Link do podcast "Praia dos Ossos"

Livro: Em Busca da Luz. Memórias contadas de Dorinha Duval para Luiz Carlos Maciel e Maria Luiza Ocampo. (Editora Record, 2001).

Imagens:
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Videos
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Comentários

  1. Por ser réu primário pode matar, muito boa, quando uma relação não serve, vá se embora, não acredito em legítima defesa nesse caso, infelizmente não temos leis sérias, de lá pra cá não mudou nada, só piorou!! Vergonha!

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