GULOSEIMAS DO PASSADO


 

Olá mofãs.

Na época dos nossos pais e avós a forma de consumir guloseimas em geral, inclui – se aqui doces, balas, chicletes, biscoitos, sorvetes e bebidas, desde os famosos refrigerantes até bebidas alcoólicas, evoluiu no decorrer dos tempos.

Assim convido todos a viajar no universo dessas delícias em dois textos, que irá abordar os principais produtos alimentícios consumidos pela sociedade nas décadas de 70 e 80. Vamos descobrir quais delas sobreviveram nos dias de hoje e como com o passar do tempo elas foram se modificando e se reinventando diante da concorrência de novas marcas.

Uma viagem nostálgica de encher os olhos e deixar aquela vontade enorme de ter um doce para acompanhar a leitura. 





BEBIDAS

Nada de garrafa de plástico, 600 ml. Refrigerantes de 2 litros nem pensar. Na década de 70 elas eram engarrafadas em casco de vidro e só eram vendidas em 290 ml, a famosa garrafinha média e a de 1 litro, o tamanho família.






Enquanto a Coca – Cola reinava absoluto nos palatos das famílias brasileiras com, sua concorrente a Pepsi, com um gosto similar e nunca comparável, entrou agressiva no mercado, a fim de fisgar o publico jovem, numa peça publicitária que contou com um jingle de Sá, Rodrix e Guarabyra que tinha o seguinte refrão:











"Só tem amor quem tem amor pra dar
Só o sabor de Pepsi lhe mostra o que é amar”.

Antes de ficar famosa como a marca da “cerveja que desce redondo”, a Skol já chegou a fabricar refrigerantes nos sabores guaraná, laranja e soda limonada.



Alias não existia o famoso Sprite na década de 70, refrigerante sabor limão ou era Soda Limonada, da Antártica ou Brahma ou Fanta Limão.








Além do sabor Limão, a Fanta tinha os sabores laranja e uva, esse lançado em 1971, o clássico Grapette do bordão “Quem bebe, repete” também no sabor uva. 




Outras marcas nesse período são a Crush e a Pop da Antártica, ambas no sabor laranja. 






O Ki – Suco, o da embalagem com uma jarrinha sorridente, foi o pioneiro dentro do universo dos refrescos em pó, 100% artificial. Lançado em 1961, era vendido apenas no sabor de uva, somente na década seguinte que foram surgindo outros sabores. Já na década de 70 surge o concorrente Q- Refresco anunciando que tinha os “10 sabores mais gostosos do mundo”.





ACHOCOLATADOS

Para concorrer com os tradicionais Nescau e Toddy, a Nestlé lançou em 1970 o Quik (Quik faz do leite uma alegria) somente no sabor chocolate, saiu do mercado ainda na década de 70, retornando somente nos anos 80 agora também no sabor morango.









A Kibon que é mais conhecida pelos seus sorvetes, enveredou pelo ramo dos achocolatados lançando o Muki, que era comercializado nos sabores morango e chocolate e que para conquistar o público trazia vários brindes.




CHOCOLATES

O Prestigio (com recheio de coco puro e fresco) e o Chokito (leite condensado caramelizado coberto com flocos crocantes e coberto com delicioso chocolate Nestlé), são os grandes lançamentos. Ainda da Nestlé tivemos o Croquete, pequenos tubinhos de chocolate ao leite, embalados um a um e tremendamente irresistíveis, o Kri, flocos crocantes cobertos de chocolate em 1973  e o  Sensação, com recheio liquido de baunilha, morango e limão.

















O hoje famoso Batom, da famosa propaganda dos anos 80 (Compre batom, compre batom), ganhou esse nome definitivo em 1976. Anteriormente ele era conhecido como Leite e Mel.








BISCOITOS

Os recheados foram a sensação na década de 70, tinha a Mabel, o saudoso Aymoré, o único que tinha o recheado sabor framboesa, o classudo Piraquê (caríssimos hoje em dia e com certeza naquela década) e o São Luiz Extra do jingle (é hora do lanche, que hora tão feliz) e o preferido de todo estudante, o wafer lanche Mirabel.









BALAS E DROPS

“A delícia que o paladar adora”, assim era anunciado o drops Dulcora que vinha em dois sabores: misto, que aguçava os palatos na expectativa de saber qual sabor iria aparecer e o de hortelã.




O terror das obturações: Mentex, bala de goma com recheio de hortelã coberto com uma casquinha branca e o seu grande rival, o Halls, que antigamente se chamava Halls Mentolyptus e seu uso era mais voltado para o alívio da tosse.






Tinha também as balas Pez, cuja embalagem tinha um dispenser em forma de cabeça de boneco, ao estilo Lego, e que ao ser apertado, soltava sua bala na parte de baixo e as inesquecíveis balas Kid’s, a de hortelã (para chupar depois de fumar) e as de leite que ganhou um jingle memorável composto por Renato Teixeira. 











No universo das gomas de mascar existiam o famoso chiclete Adams (o da caixinha amarela, rosa e verde, cobertos com açúcar, dois a dois), o Ping Pong, cuja embalagem era listrada e em dois sabores, tutti – frutti e hortelã e a novidade no final da década de 70: o Freshen – up, goma de mascar com recheio líquido nos sabores hortelã, tutti – frutti e menta e que foi febre entre os surfistas.






SORVETES

Nada melhor que se refrescar com um bom picolé ou um delicioso sorvete. Opções é o que não faltava na década de 70.




Começamos com a Kibon, marca bastante popular e pioneira no mercado: Tinha o ChicaBon de chocolate, o Já – Já de coco, o Tombon de limão e o Kalu de abacaxi. Kri Crocante e o Eskibon eram maiores e vinham embalados numa caixa de papelão. Já o sorvete vinha em latas coberto com folha de flandres, que conservava mais tempo gelado e que depois virava ou artigo de colecionador ou servia para guardar mantimentos.










A Nestlé atacou com sua marca Yopa e lançou alguns sorvetes clássicos: o Tubarão, que era azul e de formato de tubarão no sabor tutti – frutti, o Concorde, uma alusão ao avião de mesmo nome no sabor napolitano, o de quindim, feito com coco e ovos frescos, o Fura Bolo, em formato de mão com o dedo indicador em riste de sabor tutti – frutti e do Snoopy e o Gelatto atacou com o hoje irresistível e caro Cornetto.

















CURIOSIDADES:

Antigamente o Leite Condensado Moça chegou a ter seu uso recomendado como substituto do leite materno. É sério isso, existem anúncios que comprovam o que estou falando.





Falando em Leite Moça, na década de 80, a Nestlé lançou sabores especiais do seu famoso leite condensados: além do tradicional, tivemos o sabor chocolate e o incrível sabor café, este último voltado para fazer sobremesas como sorvete.




O Galak teve algumas variações de sabor durante a década de 70, nos sabores flocos e frutas cristalizadas. 




O único refrigerante diet lançado na década de 60 foi o Tab, fabricado pela Coca – Cola.  Ele foi retirado do mercado em 1969 após pesquisas indicarem que os ciclamatos que adoçavam o refrigerante poderiam causar câncer e foi relançada em 1970 usando sacarina.





Perdido na espiral do tempo, refrescos de gosto duvidoso, altamente doce e repleto de corantes, eram vendidos em supermercados e nas feiras e matavam, ou não, a sede daqueles que procuravam uma opção barata para se refrescar. Contudo o maior desafio era abrir sua embalagem sem se molhar e se sujar todo.





Existiu o Gol, uma bolinha de futebol que era recheada de sorvete de baunilha e que foi comercializado pela Gellato. Imagens cedidas gentilmente do blog da Ana Caldatto. O link para acessar seu conteúdo se encontra no final da postagem.



Os doces em lata da Cica, tinha a goiabada, a marmelada branca, o marrom glacê (este feito com batata doce, e não com castanha portuguesa) e a lata com 4 doces: marmelada, goiabada, laranjada e figada. 






Agradecimento especial a Ana Caldatto.
Convido a todos que acessem seu blog: anacaldatto.blogspot.com

Fontes de pesquisas:

Livros: 
Almanaque dos anos 70.
Ana Maria Bahiana. Ediouro, 2006.

Sites:
anacaldatto.blogspot.com
muzeez.com.br
vejasp.abril.com.br
bibliotecadaeca.files.wordpress.com

Vídeos:
youtube.com

Imagens:
google.com






Comentários

  1. Que reportagem interessante! Biscoitos Aymoré eram uma delícia! E os sorvetes Yopa ainda fazem falta! Adorei que você colocou os vídeos dos 'reclames'! Amo esse blog!

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